Por Linda Sieg e Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, venceu uma votação pela liderança do partido governista nesta quinta-feira e caminha para consolidar seu legado como premiê mais longevo do Japão, inclusive revendo a Constituição pacifista pós-guerra.
Se Abe permanecer no cargo até novembro de 2019, Abe terá ultrapassado os 2.886 dias de Taro Katsura na função de primeiro-ministro no início do século 20.
"Quero abordar a reforma constitucional com todos vocês", disse Abe ao seu Partido Liberal Democrata após a votação. O líder, que voltou ao poder em 2012 prometendo revigorar a economia e fortalecer a defesa após renunciar abruptamente de um mandato no período 2006-2007, derrotou o ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba na eleição da liderança do PLD.
Abe obteve 553 votos e Ishiba ficou com 254, um resultado algo melhor do que o esperado. Dos 810 votos de parlamentares e filiados do PLD em disputa, 807 foram válidos.
Abe disse em uma coletiva de imprensa que reformulará seu gabinete depois que voltar de uma viagem a Nova York para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na semana que vem. Ele não quis falar de postos específicos, mas o jornal de negócios Nikkei disse que aliados próximos, como o secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, e o ministro das Finanças, Taro Aso, permanecerão.
(Reportagem adicional de Kiyoshi Takenaka)