👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

AGU diz em ação no Supremo que afastamento de Cunha confirma tese de desvio de finalidade

Publicado 10.05.2016, 20:47
© Reuters. Presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante entrevista coletiva em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta terça-feira com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo uma liminar que suspenda o processo de impeachment, com o argumento de que o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Câmara confirma a tese de que houve desvio de poder dele ao aceitar o pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista coletiva, o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, disse que os defensores de Dilma vão "até o fim" no Supremo para questionar o processo de impedimento.

O pedido de liminar da AGU ocorre na véspera da votação da abertura do processo de impeachment de Dilma no plenário do Senado, marcada para quarta-feira. A expectativa é que os senadores aprovem a admissibilidade do impeachment, com afastamento da presidente por até 180 dias.

O ministro Teori Zavascki foi sorteado para analisar o pedido da AGU. Teori é o autor da liminar, concedida na semana passada, que afastou Cunha do mandato de deputado federal. Após ter dado a liminar monocraticamente, Teori levou a questão para ser apreciada pelo plenário, que referendou por unanimidade o afastamento do presidente da Câmara.

O STF tem sessão marcada para às 14h desta quarta-feira, quando provavelmente o Senado já estará discutindo o impeachment da presidente Dilma.

“O processo de impeachment é um processo que está dentro do que o próprio STF entendeu como uma conduta em que Cunha agia de forma desgarrada de sua competência legal”, disse Cardozo. “As razões que levam o STF a afastá-lo são as mesmas que nos levam a impetrar esse mandado de segurança”, acrescentou.

No mérito, a ação da AGU pede a anulação do impeachment em trâmite no Congresso Nacional.

No pedido, a AGU lista reportagens publicadas no fim do ano passado segundo as quais Cunha teria usado de chantagem para tentar barrar o processo contra si mesmo no Conselho de Ética da Câmara, e que a decisão de aceitar o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma foi uma retaliação a presidente e ao PT.

O advogado-geral da União afirmou ainda que a ação, mesmo se for negada, não será a última. Segundo ele, a defesa de Dilma vai “até o fim, até a última questão, se necessário for”.

“(Esta ação) não é a bala de prata, porque há outras questões que podem ser judicializadas a qualquer momento", disse ele.

Segundo Cardozo, a defesa de Dilma vai judicializar "no momento oportuno, quando julgarmos oportuno" o que ele considera ser "ausência de crime de responsabilidade" de Dilma.

Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade com base em atrasos nos repasses de pagamentos a bancos públicos, manobras chamadas de “pedaladas fiscais”, e também em decretos de suplementação de crédito sem autorização do Congresso.

© Reuters. Presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante entrevista coletiva em Brasília

Para o governo, as pedaladas não constituíram operação de crédito junto a instituições públicas, o que é vedado pela lei, e os decretos serviram apenas para remanejar recursos, sem implicar em alterações nos gastos totais.

(Por Leonardo Goy)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.