BERLIM (Reuters) - O ministro da Justiça alemão, Heiko Maas, disse que não há lugar para antissemitismo na Alemanha depois que manifestantes, irritados pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, queimaram bandeiras israelenses em Berlim.
No domingo, cerca de 2.500 pessoas protestaram em Berlim contra a decisão de Trump e uma bandeira israelense foi queimada, disse a polícia, acrescentado que foram iniciadas investigações contra 11 pessoas, uma delas relacionada à bandeira.
Na sexta-feira, centenas de pessoas se reuniram do lado de fora da embaixada norte-americana na capital alemã para protestos do "dia de raiva". Depois, a polícia disse no Twitter que havia detido 10 pessoas durante os protestos e que haviam sido apresentadas 12 acusações criminais --incluindo por queimar bandeiras de Israel.
Maas disse na edição desta segunda-feira do jornal alemão Bild: "Qualquer tipo de antissemitismo é um ataque contra todos. O antissemitismo nunca deve ser autorizado a ter um lugar (na sociedade) novamente".
O antissemitismo permanece uma questão muito sensível na Alemanha mais de 70 anos depois do fim do Holocausto, no qual 6 milhões de judeus foram mortos pelo regime nazista. A Alemanha se considera como uma das aliadas mais próximas de Israel.
(Reportagem de Michelle Martin)