RIO DE JANEIRO (Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, voltou a criticar nesta sexta-feira a proposta do adversário no segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL), de armar a população e disse que há o risco de se criar um Estado miliciano no país.
Haddad argumentou que a população em geral não está preparada e capacitada para usar armas de fogo e o Estado é que tem que ser o responsável por prover segurança.
"Se ele levar em frente essas ideias, estamos num grande risco, que é aumentar violência em vez de diminuir e a privatização da segurança pública vai gerar mais violência", disse Haddad a jornalistas, ressaltando que, se eleito, vai assumir a responsabilidade pela segurança pública.
O petista disse que a manutenção do teto dos gastos públicos vai piorar ainda mais a situação, impedindo a contratação de pessoal.
"Não é armando a população e não contratando que vai resolver... esse caldeirão vai piorar e aí sabe o que acontece? Vira um Estado miliciano", disse.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)