Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente em exercício do Senado, José Maranhão (MDB-PB), determinou no início da tarde deste sábado que a votação para a escolha do novo presidente da Casa se dará de forma secreta e por meio de cédula individual, após consulta feita aos senadores que se encontram em plenário.
Nesta madrugada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou que a votação seja secreta, depois de uma tumultuada sessão na véspera que acabou suspensa em meio ao impasse sobre se a votação seria aberta ou fechada.
Toffoli determinou ainda que a sessão fosse comandada por Maranhão --na véspera o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), um dos postulantes ao cargo, presidiu a sessão.
Vários senadores criticaram a decisão de Toffoli que atendeu ao Solidariedade e o MDB, partido do candidato a presidente do Senado Renan Calheiros (AL).
Na tentativa de chegar ao quinto mandato à frente do comando do Senado, Renan tem trabalhado para garantir a votação secreta em meio a denúncias e investigações contra ele.
Alcolumbre foi lançado pelo DEM e conta com o apoio do ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, apesar das declarações públicas de integrantes do Executivo de que não vai interferir na disputa.
Entre os que oficializaram as candidaturas, além de Renan e Alcolumbre, estão o ex-presidente e senador Fernando Collor (PROS-AL), os senadores Espiridião Amim (PP-SC) e José Reguffe (sem partido-DF).
(Por Ricardo Brito)