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BNDES eleva crédito a energia solar e reduz apoio a hidrelétricas e térmicas

Publicado 03.10.2016, 14:17
Atualizado 03.10.2016, 14:20
© Reuters. Francisco da Silva Vale, 61, faz manutenção de painéis solares na comunidade Vila Nova do Amana na Reserva de Desenvolvimento Sustentável, no Estado do Amazonas, no Brasil
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SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira novas condições para financiamento a projetos de energia que incluem melhores condições para usinas solares e a redução do apoio a grandes hidrelétricas e termelétricas.

O banco já sinalizava que precisaria mudar sua política em meio aos esforços por um ajuste fiscal anunciados pelo governo brasileiro, o que gerou forte expectativa entre os investidores devido aos vultosos empréstimos concedidos pela instituição ao setor elétrico nos últimos anos.

Representantes da instituição de fomento disseram a jornalistas em teleconferência, nesta segunda-feira, que as mudanças visam privilegiar com empréstimos mais atrativos, atrelados à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), setores vistos como de maior retorno social e ambiental, além de atrair o setor privado para financiar os demais empreendimentos.

O BNDES também anunciou para os investidores em energia o fim da concessão de empréstimos-ponte, que costumam ser utilizados pelas empresas para bancar aportes ou obras enquanto o banco analisa a concessão do financiamento de longo prazo a um projeto.

A diretora de Infraestrutura do BNDES, Marilene Ramos, disse que o objetivo da instituição é compensar o fim dos empréstimos-ponte com uma maior agilidade na aprovação das operações.

Pela nova política, as áreas com maior participação do BNDES serão as de energia solar, eficiência energética e iluminação pública, nos quais o banco participará com até 80 por cento dos itens financiáveis e com todos os recursos a TJPL, atualmente em 7,5 por cento ao ano.

Antes, o teto para empréstimos ao setor solar era de 70 por cento dos itens financiáveis.

Já as grandes hidrelétricas terão reduzida a fatia de empréstimos pelo banco de fomento a até 50 por cento dos itens financiáveis, ante 70 por cento anteriormente.

A mesma redução, de 70 por cento para 50 por cento, será adotada para as termelétricas a gás natural em ciclo combinado, enquanto térmicas poluentes, a carvão e óleo, não contarão mais com recursos da instituição de fomento.

"O banco está tomando essa decisão... para buscar preservar sua participação para as fontes de energia limpas", afirmou a superintendente de Energia do BNDES, Carla Primavera.

Nessa linha, usinas eólicas, à biomassa, pequenas hidrelétricas e projetos de cogeração terão mantido o atual nível de participação de até 70 por cento do banco, com recursos integralmente em TJLP.

TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO

As regras para apoio aos setores de transmissão e distribuição de eletricidade também mudaram, com previsão de uma participação menor do BNDES nos financiamentos, que tentarão atrair recursos do setor privado.

Em transmissão, o BNDES financiará até 80 por cento dos itens elegíveis, mas a custo de mercado, e não a TJLP. O prazo de amortização será de 20 anos, ante 14 anteriormente.

Já na distribuição, o banco apoiará investimentos com até 50 por cento dos itens financiáveis, que poderão receber até 50 por cento dos recursos a TJLP, com o restante a custo de mercado. Antes, até 70 por cento podiam ser financiados pela taxa de longo prazo.

© Reuters. Francisco da Silva Vale, 61, faz manutenção de painéis solares na comunidade Vila Nova do Amana na Reserva de Desenvolvimento Sustentável, no Estado do Amazonas, no Brasil

As novas condições para transmissão já são válidas para o leilão de concessão para construção e operação de novas linhas que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promove em 28 de outubro.

(Por Luciano Costa)

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