(Reuters) - A cirurgia do presidente Jair Bolsonaro para a retirada da bolsa de colostomia chegou ao fim "com êxito", informou nesta segunda-feira a Secretaria de Imprensa da Presidência da República (SIP).
"O boletim médico será divulgado tão logo seja autorizado pela equipe médica", informou a SIP, acrescentando que o porta-voz da Presidência, general Rêgo Barros, dará uma entrevista coletiva aos jornalistas às 17h.
O procedimento de retirada da bolsa de colostomia do presidente começou por volta das 6h30 no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, e o Planalto enviou nota informando sobre a conclusão do procedimento pouco depois das 15h30.
Por volta das 14h30, o porta-voz da Presidência havia dito à Reuters que a cirurgia estava na fase final "sem intercorrências".
Essa foi a terceira cirurgia por que o presidente passa como decorrência do atentado sofrido em setembro passado, em Juiz de Fora.
Bolsonaro, de 63 anos, foi esfaqueado durante evento de campanha na cidade mineira e teve que passar por uma delicada cirurgia de emergência na Santa Casa de Misericórdia local por conta de ferimentos nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal.
Na semana seguinte, já internado em São Paulo, passou por uma segunda cirurgia para desobstrução intestinal depois que exames detectaram aderência nas paredes do intestino.
GABINETE NO HOSPITAL
Segundo informações divulgadas nos últimos dias pelo porta-voz da Presidência, a recomendação dos médicos é de repouso absoluto nas primeiras 48 horas após o procedimento cirúrgico. Em função disso, o vice-presidente Hamilton Mourão exerce a Presidência neste período.
O porta-voz informou ainda que, no total, a expectativa é de que o presidente permaneça por 10 dias em São Paulo. Ele explicou que haverá uma antessala preparada no hospital na qual Bolsonaro tocará o dia a dia do governo com auxiliares mais próximos, passadas as primeiras 48 horas.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello, em Brasília)