Arena do Pavini - O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse ontem, sábado, que o plano de privatizações previsto por sua campanha, caso seja eleito, será de inteiro agrado do mercado e que, em princípio, as primeiras estatais que serão alvo de análise para privatização serão as criadas pelos governos do Partido dos Trabalhadores. Segundo ele, as privatizações serão realizadas com responsabilidade. As afirmações de Bolsonaro contra a privatização de algumas empresas e contra a compra de estatais por chineses repercutiram mal no mercado na semana passada e fizeram as ações da Eletrobras (SA:ELET3) despencar. O discurso contraria as afirmações do guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, que defendia a privatização de tudo, até da Petrobras (SA:PETR4).
Nem BB, nem Caixa e nem Furnas
“Em um primeiro momento, aquelas quase 50 estatais criadas pelo PT e ainda sobram 100. Essas outras têm que ter um modelo para privatizar com responsabilidade, logicamente que as estratégicas não privatizaremos, como Banco do Brasil (SA:BBAS3), Caixa Econômica e Furnas, entre outras. Mas, como um todo, tenho certeza que o mercado vai gostar do nosso plano de privatização porque é uma maneira a mais de combater a corrupção e o Estado tem que estar com aquilo que é essencial nas suas mãos, que são as estratégicas”, avaliou.
Com relação às propostas para a área da saúde, o candidato pelo PSL disse que prioritariamente é preciso combater à corrupção para que sobrem recursos para serem aplicados em outras áreas. As declarações foram dadas ao deixar a casa do empresário Paulo Marinho, onde gravou o programa político partidário.
Violência: “Gostaria que elas parassem”
Bolsonaro também voltou a falar sobre o aumento da violência motivada por disputas políticas. Ele citou a facada sofrida por ele, em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro, e disse que lamenta esse tipo de agressão, que classificou de “bastante violenta”.
“Gostaria que elas parassem. Me acusam de intolerante, mas quem levou a facada fui eu. Se eu tivesse poder de apenas falar para evitar tudo isso, eu exerceria esse poder. Apelo a todos do Brasil que deixem as paixões de lado. Não estamos disputando uma partida de Fla-Flu”, afirmou o candidato.
Debates: ausência pode ser estratégia
Bolsonaro não confirmou se participará dos dois debates que estão marcados para segundo turno. Ele disse que, mesmo se for liberado pelos médicos na avaliação que fará quinta-feira (18), pode não comparecer, “como estratégia de campanha”. No entanto, afirmou que, se Haddad quiser debater com ele na rua, na frente de jornalistas, aceitará o debate.
Investimento nas Forças Armadas
O presidenciável disse ainda que, se eleito, investirá mais nas Forças Armadas, que, segundo ele, ficaram esquecidas nos últimos anos. “Investir no Exército é benéfico para a própria economia. Vamos tratar com respeito e consideração.”
Para o candidato, isso não ocorreu ao longo dos últimos 30 anos.
As informações são da Agência Brasil.
Por Arena do Pavini