(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro terá uma reunião sobre a situação na Venezuela, onde o líder da oposição Juan Guaidó disse ter obtido apoio de militares para depor o presidente Nicolás Maduro, enquanto confrontos aconteciam perto de uma base aérea onde Guaidó estava.
De acordo com o vice-presidente, Hamilton Mourão, participarão da reunião com Bolsonaro representantes do Gabinete de Segurança Institucional, do Ministério da Defesa, do Ministério das Relações Exteriores, além do vice-presidente.
Mais cedo, Guaidó publicou um vídeo no Twitter convocando o povo à base aérea de "La Carlota", no centro de Caracas, para "acompanhar o cessar definitivo da usurpação" e podia ser visto rodeado por homens fardados.
"Essa base aérea que o pessoal está cercando fica no centro de Caracas praticamente... E ela fica perto de dois bairros que são áreas nobres da cidade, que são Altamira e Las Mercedes, então é uma área complicada ali, vamos ver o que vai acontecer", disse Mourão a jornalistas em Brasília nesta manhã, referindo-se à base de La Carlota.
Questionado sobre haver alguma preocupação em relação à fronteira da Venezuela com o Brasil, Mourão disse que não, uma vez que ainda não há informações sobre o que poderia estar acontecendo.
Ainda nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o Brasil considera positivo que exista um movimento de militares venezuelanos em apoio a Guaidó, mas que ainda aguarda mais informações para avaliar a situação no país.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)