(Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de domingo, disse neste sábado que obediência à Constituição e às leis é o caminho para mudar o Brasil e garantiu que adotará este caminho caso seja eleito presidente.
Bolsonaro fez os comentários em sua conta no Twitter (NYSE:TWTR) na véspera do segundo turno da eleição presidencial, quando enfrentará o petista Fernando Haddad, e após uma série de comentários dele e de aliados que geraram temores de uma eventual ameaça à democracia, caso o capitão da reserva do Exército chegue ao Palácio do Planalto.
"A forma de mudarmos o Brasil será através da defesa das leis e da obediência à Constituição, Assim, novamente, ressaltamos que faremos tudo na forma da Lei! Qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não pode ser admitida. Todo cidadão terá seus direitos preservados", escreveu Bolsonaro.
"Todo cidadão, para gozar de seus plenos direitos, deve obedecer às leis e cumprir com seus deveres. Qualquer pessoa no território nacional, mesmo não sendo cidadã brasileira, tem direitos inalienáveis como ser humano, assim como tem o dever de obedecer as leis do Brasil."
Nos últimos dias um vídeo de alguns meses atrás em que o deputado reeleito por São Paulo Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável do PSL, afirma que para se fechar o Supremo Tribunal Federal bastariam "um soldado e um cabo" gerou reação de entidades e de ministros da corte.
Posteriormente o próprio Eduardo se desculpou pelos comentários. Bolsonaro afirmou, por sua vez, que quem fala em fechamento do Supremo precisa de um psiquiatra e disse ter repreendido seu filho pelos comentários.
No domingo passado, em discurso feito de sua casa no Rio de Janeiro para apoiadores reunidos na Avenida Paulista, em São Paulo, o capitão da reserva do Exército disse em referência a seus adversários no segundo turno da eleição presidencial que, se vencer, fará uma "faxina" e que os "marginais vermelhos" serão "banidos" do país.
"Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria", disse o capitão da reserva na ocasião.
(Por Eduardo Simões)