Buenos Aires, 3 nov (EFE).- O candidato governista à presidência da Argentina, Daniel Scioli, prometeu nesta terça-feira ampliar a venda de dólares no mercado formal e o envio de remessas ao exterior caso chegue ao governo.
Scioli, que concorrerá em segundo turno no próximo dia 22 com o conservador Mauricio Macri, afirmou que "a compra de dólar poupança" - como se chama na Argentina o dólar vendido a preço oficial mediante uma autorização do Fisco - "e o envio de remessas vão ser ampliados cada vez mais".
"Não vamos ter nenhum problema com reserva cambial. Vão entrar US$ 20 bilhões daqui até março. Vamos flexibilizar, intensificar o envio de remessas ao exterior", prometeu Scioli em entrevista à rádio "La Red", de Buenos Aires.
O governo de Cristina Kirchner impôs desde o final de 2011 restrições ao acesso do mercado formal de câmbio, o que fez florescer desde então o comércio ilegal de divisas.
Como parte do pacote, também há restrições para importar produtos e enviar dinheiro ao exterior, entre outras operações.
Como parte de sua campanha, Macri prometeu acabar com as restrições cambiais caso chegue à presidência, embora alguns economistas tenham alertado que liberar completamente a taxa de câmbio poderia gerar um salto inflacionário.
Consultado hoje sobre esta possibilidade, Macri voltou a defender sua proposta e pediu que os argentinos não tenham "medo" de mais inflação com o fim das restrições pois, segundo sua opinião, "os preços já se ajustam ao dólar blue (taxa de câmbio no mercado ilegal)".
A moeda americana fechou hoje no mercado formal cotada a 9,56 pesos, e no ilegal, a 15,51 pesos.