(Reuters) - O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) volta ao cargo de ministro da Saúde nesta quinta-feira, um dia após ter pedido exoneração para participar da eleição que reconduziu o colega Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à liderança do partido na Câmara.
O decreto com a nomeação de Castro para o cargo foi publicado na edição desta quinta do Diário Oficial da União.
Castro foi criticado pela exoneração e chegou a ser alvo de protesto na Câmara onde ocorreu a disputa pela liderança da bancada do PMDB --pessoas caracterizadas de mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika vírus, da dengue e da chikungunya, tentaram entrar na sala de audiências e jogaram pequenos papéis com impressões do inseto.
A decisão do ministro de voltar por um dia ao Congresso, num momento em que o país enfrenta um surto do Zika vírus, teve como objetivo ajudar Picciani a manter a liderança do PMDB na Câmara na acirrada disputa com Hugo Motta (PB).
Picciani contou com o apoio do Palácio do Planalto na eleição interna do PMDB, enquanto Motta era apoiado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo da presidente Dilma Rousseff.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)