SANTIAGO (Reuters) - Os chilenos vão às urnas neste domingo para eleger um novo presidente, em um segundo turno inesperadamente concorrido, em que está em jogo a continuidade das reformas sociais e da centro-esquerda frente uma aposta de uma maior bonança econômica.
O senador Alejandro Guillier, da aliança governante de centro-esquerda, e o ex-presidente conservador Sebastián Piñera são os aspirantes à Presidência, em uma eleição na qual o voto é voluntário.
Piñera, de 68 anos, conquistou 36,6 por cento dos votos no primeiro turno, um nível abaixo da maioria absoluta, enquanto Guillier obteve 22,7 por cento dos votos entre os oito candidatos que disputaram a eleição.
Durante a campanha do segundo turno, Piñera teve o apoio de um ex-candidato ultraconservador (que obteve 7,9 por cento dos votos), enquanto Guillier conseguiu o suporte de quase todos os outros candidatos de centro-esquerda que participaram do primeiro turno em novembro.
“O que determinará quem ganhará se resume à quantidade de pessoas que ficarão em casa, em particular quantas do lado de Guillier", disse Robert Funk, diretor do Centro de Estudos da Opinião Pública da Universidade do Chile.
Espera-se que menos da metade dos 14,3 milhões de chilenos que costumam votar, compareçam às urnas neste domingo.
A eleição está sendo vista como um referendo sobre a gestão da presidente Michelle Bachelet, que está deixando o cargo e buscou reduzir a enorme diferença de renda entre ricos e pobres com uma série de reformas. Apesar disso, vários desacordos dentro do governo e uma economia quase estagnada escureceram seu legado.
(Por Antonio de la Jara)