(Reuters) - O Congresso Nacional aprovou na noite de quarta-feira o Orçamento de 2018 com uma previsão de crescimento de 2,5 por cento do Produto Interno Bruto e de déficit primário de 157 bilhões de reais para o governo federal.
De acordo com a Agência Senado, a peça orçamentária aprovada por deputados e senadores estabelece o salário mínimo em 965 reais, contra os 937 reais praticados atualmente, além de estimar os gastos com a Previdência Social em 585 bilhões de reais e com o pagamento dos juros da dívida de 316 bilhões de reais.
O Orçamento de 2018 é o primeiro elaborado sobre as regras que instituíram um teto para os gastos públicos.
A estimativa de déficit para o ano que vem é menor do que a meta de rombo de 159 bilhões de reais determinada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A redução de 2 bilhões de reais em relação à meta oficial se deveu ao aumento da estimativa de receita primária.
A meta de déficit primário para este ano também é de 159 bilhões de reais.
Tradicionalmente a votação do Orçamento é o último ato do ano legislativo e o quórum parlamentar costuma cair após a aprovação da peça orçamentária, o que complica ainda mais a possibilidade de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados na semana que vem e aumenta a probabilidade de a matéria ficar para 2018.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)