Por Julien Toyer
MADRI (Reuters) - O controle da Espanha sobre a Catalunha será testado nesta segunda-feira, quando políticos e servidores civis retornarem ao trabalho em meio à incerteza sobre se aceitarão um regime direto imposto pelo governo central de Madri para impedir uma tentativa de independência da região.
Centenas de milhares de defensores de uma Espanha unificada encheram as ruas de Barcelona no domingo, em uma das maiores demonstrações de força até agora de uma chamada maioria silenciosa, que vinha apenas assistindo enquanto líderes regionais pressionavam pela independência da Catalunha.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, assumiu o controle direto da região na sexta-feira. Ele destituiu o governo separatista e convocou uma eleição para 21 de dezembro.
Entretanto, alguns dos membros mais proeminente do governo catalão, incluindo seu presidente, Carles Puigdemont, e vice-presidente, Oriol Junqueras, disseram não aceitar a medida e afirmaram que apenas a população da Catalunha pode demiti-los.
A maior parte dos servidores civis catalães começam a trabalhar às 9h desta segunda-feira (6h horário de Brasília) e, se muitos não comparecerem ou decidirem não aceitar instruções, isso lançará dúvidas sobre a estratégia do governo espanhol em colocar um ponto final na crise de um mês que tem prejudicado o crescimento econômico do país e alimentado instabilidade social.