SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal no Paraná denunciou pela oitava vez nesta segunda-feira o ex-diretor de serviços da Petrobras (SA:PETR4) Renato Duque no âmbito da operação Lava Jato e pediu a devolução à estatal de 80 milhões de reais em valores bloqueados do ex-diretor e em dinheiro em espécie e bens apreendidos com ele.
Na nova denúncia, Duque é acusado de evasão de divisas e de manter valores não declarados em Mônaco. O ex-dirigente da estatal já foi condenado em primeira instância em uma ação penal relacionada à Lava Jato a 20 anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
"Embora nos documentos da quebra de sigilo fiscal, Duque tenha afirmado não possuir contas no exterior e de não constar qualquer registro subscrito por ele no Banco Central de Declaração Anual de Capitais no Exterior, farto conjunto probatório das investigações comprova que ele foi beneficiário econômico de duas offshores que mantinham contas ocultas das autoridades brasileiras no Principado de Mônaco", disse o Ministério Público em nota.
Além da condenação e da nova denúncia de que é alvo, Duque responde a outras sete ações penais ligadas à Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
(Por Eduardo Simões)