Costa: Independente do instrumento, normativa, decreto, é importante centralidade em decisões

Publicado 20.01.2025, 14:41
© Reuters Costa: Independente do instrumento, normativa, decreto, é importante centralidade em decisões

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou, nesta segunda-feira, 20, que sua pasta será responsável por centralizar os atos do governo para que haja um plano de comunicação, em especial em temas mais sensíveis.

O chefe da Casa Civil falou com a imprensa após a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo desta segunda-feira. O encontro foi realizado na Granja do Torto, em Brasília.

Costa foi questionado sobre a fala do presidente Lula no início da reunião de que "portarias" teriam de passar pela Casa Civil daqui em diante para evitar ruídos de comunicação. A bronca não foi direcionada nominalmente a nenhum ministro, apesar de ter ficado claro o recado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por causa de uma instrução normativa da Receita Federal sobre o monitoramento de transações por Pix que provocou polêmica nas últimas semanas.

"Independente do instrumento, portaria, instrução normativa, é importante que em qualquer medida a gente tenha centralidade nos anúncios. Nesse mundo de alta velocidade da comunicação, a informação organizada precisa chegar primeiro à população, antes de chegar a mentira e desinformação. Por isso qualquer iniciativa temos de garantir a centralidade para fazermos um plano de comunicação. Se vai impactar muitas pessoas, precisa discutir com a comunicação para ter um plano", declarou Costa.

O ministro disse que "não podemos permitir que a mentira prevaleça sobre a verdade". "Os fatos e a verdade precisam chegar à população. E não primeiro sair a fofoca e a mentira e depois vir os fatos e a verdade." O chefe da Casa Civil, porém, disse que não necessariamente haverá uma formalização desse novo "rito" no governo, mas que há uma nova orientação para a partir de agora.

Reorientar a comunicação para feitos do governo serem perceptíveis

Rui Costa também afirmou nesta mesma ocasião que foi feito um rápido balanço sobre os dois primeiros anos de gestão e a programação de entrega das pastas para 2025. De acordo com ele, este ano é o de consolidar o que já foi feito e reorientar a comunicação para que os feitos do governo sejam perceptíveis na população.

"Uma reunião de rápido balanço do que foram esses dois anos e da programação que será entregue este ano", resumiu o ministro a jornalistas nesta segunda-feira. A declaração ocorreu após ter participado da primeira reunião ministerial promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro durou 7h e ocorreu na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência.

De acordo com ele, o ano de 2025 será o "ano das entregas, de ganhar materialidade e consolidar tudo o que foi feito para que a população tenha a nítida percepção do que foi feito de reconstrução desse país". Na fala, Rui Costa também comentou que houve uma melhora nos indicadores econômicos, além dos índices de emprego, valorização do salário e investimentos.

"Esse é o ano de consolidar dois anos de trabalho e reorientar a percepção e comunicação", disse. Segundo ele, cada ministro saiu da reunião com suas metas estabelecidas para 2025.

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