BRASÍLIA (Reuters) - No intervalo da sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o advogado Luiz Fernando Pereira Casagrande, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que vai apresentar no início do julgamento do registro da candidatura do petista uma questão de ordem em que pedirá à corte abertura de prazo para alegações finais.
Na prática, se o pedido for concedido, o julgamento do mérito do registro da candidatura do ex-presidente não seria realizado nesta sexta-feira, uma vez que se abriria prazo para alegações finais de cinco dias corridos.
Mais uma vez, o advogado disse ter sido surpreendido com a marcação do julgamento do registro nesta sexta e reclamou do "tratamento assimétrico" do TSE no caso do Lula em relação a outras candidaturas presidenciais. Ele citou o fato de que houve prazo para alegações finais nos registros dos candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin, e do PSL, Jair Bolsonaro.
O defensor citou que o processo do registro de Lula foi colocado em cima da hora na pauta, mesmo após a defesa do ex-presidente ter apresentado na véspera uma contestação com 200 laudas e 4 pareceres.
Questionado se considera que o ex-presidente foi perseguido, ele respondeu: "Não acho que tenha sido perseguido, minha discordância é que, da forma como foi feita, pode passar a impressão de perseguição".
(Reportagem de Ricardo Brito)