(Reuters) - O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o candidato derrotado na eleição presidencial de 2014 Aécio Neves (PSDB-MG), entre outros senadores, em seu acordo de delação premiada com as autoridades no âmbito da operação Lava Jato, disseram os jornais O Globo e Folha de S.Paulo nesta quarta-feira.
Outros parlamentares citados por Delcídio foram Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Edison Lobão (PMDB-MA), que é ex-ministro de Minas e Energia, também segundo as reportagens. Renan, Jucá, Lobão e Raupp já são formalmente investigados em inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O acordo de delação fechado por Delcídio, que foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, foi devolvido à Procuradoria-Geral da República pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que uma questão técnica seja corrigida, disse uma fonte à Reuters na terça-feira.
Em trechos da delação publicados pela revista IstoÉ na semana passada, o senador envolve a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela teria tentado interferir na Lava Jato, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusa de ter conhecimento da corrupção na estatal e de ser mandante de um esquema para pagar pelo silêncio de testemunhas.