RIO DE JANEIRO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira a interdição de rodovias por conta da greve de caminhoneiros e disse que o governo vai impedir "qualquer prejuízo à economia popular do país".
"Tem que ficar claro que reivindicar no país é um direito de todo mundo e há muito tempo não é crime... Agora, esse é um país responsável. Interditar estradas, comprometer a economia popular desabastecendo com alimentos ou combustíveis isso tem componentes de crime já previstos", disse ela a jornalistas, após visitar obras do metrô do Rio de Janeiro.
Ela garantiu que o governo fará todos os esforços necessários para evitar que a mobilização provoque desabastecimento e prejuízos à economia.
"O que vamos impedir é qualquer prejuízo à economia popular do país...o abastecimento de todo país, as atividades econômicas, o tráfego de combustível que é essencial. Isso não será permitido", disse ela.
Logo após o início da greve, na segunda-feira, ministros já tinham condenado o protesto dos caminhoneiros e disseram que viam no movimento uma conotação política para tentar desestabilizar o governo federal.
A greve é lidera por uma grupo de caminhoneiros que não tem reconhecimento na liderança da categoria. Eles protestam contra a presidente Dilma e se concentram em Estados importantes para a produção agrícola do país: Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Santa Catarina.
"A Polícia Federal sabe o que é a lei. Todos temos que cumprir a lei, principalmente os que exercem a faculdade de fazer a lei ser cumprida", finalizou a presidente.
O governo federal determinou que a Polícia Rodoviária aplique multa de 1.915 reais a caminhoneiros que bloquearem estradas e que use todo o seu efetivo para desbloquear estradas.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)