LONDRES (Reuters) - A ministra britânica do Interior, Theresa May, abriu boa vantagem sobre sua rival mais próxima, Andrea Leadsom, nesta terça-feira, na disputa para se tornar a nova primeira-ministra, mas a corrida foi ofuscada por abruptas movimentações pós-Brexit de investidores imobiliários e também no mercado de câmbio.
Na primeira votação de membros conservadores do Parlamento, May conquistou 165 votos e Leadsom, ministra júnior de Energia, conseguiu 66, aumentando a probabilidade de que o Reino Unido terá sua segunda mulher como primeira-ministra após Margaret Thatcher.
"Há um grande trabalho pela frente: unir nosso partido e o país, para negociar o melhor acordo possível, uma vez que deixamos a União Europeia", disse May, de 59 anos.
O ex-ministro da Defesa Liam Fox conseguiu menos votos, 16, e foi eliminado da disputa para substituir David Cameron, que disse que deixará o cargo após os britânicos terem votado, em um referendo em 23 de junho, a favor da saída da União Europeia.
O processo de seleção do novo premiê — no qual o ministro da Justiça, Michael Gove, conquistou 48 votos e o ministro da Previdência, Stephen Crabb, 34 — será decidido por cerca de 150 mil membros do Partido Conservador em setembro, quando restarem dois candidatos.
Mas têm crescido os sinais de que preocupações sobre o impacto do Brexit no comércio, nos investimentos e na confiança empresarial começaram a prejudicar a economia.
Três fundos britânicos de propriedades comerciais suspenderam suas negociações dentro de 24 horas, à medida que muitos investidores tentaram retirar dinheiro ao mesmo tempo.
(Por Kylie MacLellan, William James e Elizabeth Piper)