(Reuters) - A eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados ocorrerá na próxima quarta-feira, e não mais na quinta como havia sido marcado pelo presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), segundo reportagens publicadas pela mídia nesta segunda-feira.
A nova data da eleição para o comando da Câmara foi fechada por Maranhão com o Palácio do Planalto, que buscava a realização da votação antes da quinta por temer que, por falta de quórum, a escolha do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ficasse para a volta do recesso branco, em agosto, de acordo com jornais.
A maioria dos líderes partidários defendia a realização da votação na terça-feira, o que foi encarado pela oposição e até mesmo por alguns integrantes da base do governo interino de Michel Temer como uma manobra para ajudar Cunha, já que também está prevista para a terça uma sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa para a análise de um recurso do deputado contra processo de cassação de que é alvo.
Uma eleição para a presidência da Câmara no mesmo dia e horário forçaria a comissão a interromper seus trabalhos, atrasando ainda mais a análise do recurso de Cunha, que renunciou à presidência da Câmara na semana passada. Muitos dos pré-candidatos ao posto, aliás, são aliados de Cunha.