(Reuters) - Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) pediu neste domingo uma chance para unir o Brasil, dizendo acreditar em um embate contra Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.
"Acho que vai dar", respondeu ele a jornalistas em Fortaleza, no Ceará, ao chegar em sua zona eleitoral.
Nos últimos dias, Ciro vem tentando apresentar seu nome como terceira via em uma disputa polarizada entre Bolsonaro, que lidera a corrida presidencial, e o petista Fernando Haddad, que aparece em segundo lugar.
"Eu vou unir o povo brasileiro se eu passar ao segundo turno, como estou pedindo a chance ao brasileiro. Eu estou pedindo a bola, eu estou me deslocando, eu estou na área, o Haddad está no impedimento, se passar para mim eu faço o gol", afirmou.
Ciro prometeu uma campanha no segundo turno "diferente de todas as que o Brasil já assistiu", e pontuou que sua presença na próxima fase do pleito representará um pedido de revolução, pela derrota "de todas as estruturas poderosas do baronato financeiro, dos banqueiros, dos partidos políticos tradicionais, da roubalheira, da concentração de mídia".
Questionado sobre o fato de Bolsonaro ter declarado mais cedo sua crença numa vitória ainda no primeiro turno das eleições, Ciro criticou o oponente.
"Os arrogantes e despreparados sempre se revelam nas horas de maior emoção. E quando uma pessoa no dia da eleição já se afirma vitorioso é porque dispensa o voto das pessoas", disse.
"Eu quero o voto e peço com humildade de cada brasileiro, de cada brasileira, pra ter uma chance de representar os brasileiros decentes, equilibrados, os brasileiros que detestam a intolerância, que detestam a falta de respeito às mulheres, aos negros, aos quilombolas, aos indígenas, ao meio ambiente", completou.
Ciro também disse que um eventual apoio a Haddad no segundo turno, dentro de uma coalizão progressista, é uma hipótese que não está em suas considerações.
(Por Marcela Ayres, em Brasília)