(Reuters) - O presidente Michel Temer criticou ações corporativistas contra a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos, afirmando a deputados que isso não é aceitável.
"Todo e qualquer movimento de natureza corporativa que possa tisnar a PEC do teto não pode ser admitido", disse Temer, que reuniu deputados da base governista na noite de domingo em um jantar no Palácio do Alvorada.
O ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, estimou os presentes em mais ou menos 280 deputados e mostrou-se confiante de que a PEC será aprovada com folga, segundo a Agência Brasil. "Vamos contar com quórum significativo e vamos aprovar a matéria. Acho que com mais de 350 votos", disse, após o jantar.
A votação em primeiro turno da PEC está prevista para esta segunda-feira no plenário da Câmara dos Deputados. Para ser aprovada, precisa dos votos de 308 deputados. A medida é considerada crucial pelo governo para reequilibrar as contas públicas, restabelecer a confiança de investidores e consumidores de modo a garantir a retomada do crescimento econômico.
Na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República divulgou uma nota afirmando que a PEC é "flagrantemente inconstitucional e fez sugestões de mudança no texto por colocar Legislativo, Judiciário e Ministério Público "em posição de submissão ao Executivo".
O Palácio do Planalto respondeu com um comunicado argumentando que a medida não configura violação ao princípio de separação dos Poderes.
No final de seu discurso no jantar, Temer disse que "o fato de nós aprovarmos em uma segunda-feira, antevéspera de um feriado, uma matéria de tamanha relevância, tamanha importância, vai ganhar o aplauso de todo o povo brasileiro".
(Por Alexandre Caverni)