Por Steve Scherer
ROMA (Reuters) - Os esforços do primeiro-ministro designado da Itália para montar o seu gabinete permaneciam obstruídos neste sábado, uma vez os que seus aliados pressionavam por um ministro da Economia eurocético, cujo presidente até agora se recusava a aceitar.
A possível nomeação do economista de 81 anos Paolo Savona tem agitado os mercados financeiros. Num outro golpe para o nascente governo, a agência Moody’s na sexta-feira ameaçou rebaixar a nota de crédito do país.
O presidente Sergio Mattarella deu na quarta-feira a Giuseppe Conte, um professor de Direito e novato na política, um mandato para formar uma coalizão de governo com o apoio do Movimento 5 Estrelas e da Liga, de extrema-direita, mais de 80 dias depois da eleição.
Conte se encontrou com o presidente na sexta-feira sem resolver o impasse sobre Savona, que tem questionado a participação da Itália no euro e atacado a Alemanha por, segundo ele, tentar dominar a Europa economicamente.
Depois da reunião, Matteo Salvini, líder da Liga, se disse "realmente irritado" numa aparente referência ao veto do presidente a Savona.
Neste sábado, ele não recuou, dizendo que a Liga já tinha dados suficientes "passos para trás". Ele daria a Conte uma lista de possíveis ministros do partido mais tarde.
Perguntado se estava preocupado com o racha com o gabinete presidencial, ele disse: "O único risco que eu vejo é que as pessoas estão mais distantes dos palácios do poder".