PARIS (Reuters) - Membros do Partido Socialista da França escolheram no domingo Benoit Hamon como candidato à Presidência, em um ato pouco provável de ajudá-los a vencer a eleição, mas que pode impulsionar a campanha do popular candidato independente centrista Emmanuel Macron.
Com 60 por cento dos votos contados no segundo turno da primária do Partido Socialista, o ex-ministro da Educação tinha 58,65 por cento dos votos contra o rival Manuel Valls, ex-primeiro-ministro que adota políticas pró-empresas.
Os socialistas, enfraquecidos e divididos após um governo impopular de François Hollande, têm poucas chances de passar do primeiro turno da eleição presidencial, em abril.
Ao escolher o tradicional esquerdista Hamon, de 49 anos, a esquerda oferece a Macron um grande grupo de eleitores e uma maior chance de vencer os rivais da direita e extrema-direita.
Caso Hamon fracasse em ter um impacto na campanha, onde segue atrás de quatro candidatos nas pesquisas de opinião, o partido pode ser levado à rupturas nos próximos cinco anos ou até ser levado ao seu fim, segundo analistas.
O conservador François Fillon, candidato dos republicanos, e a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, ainda são vistos nas pesquisas de opinião como possíveis rivais em uma disputa do segundo turno em maio.
(Reportagem de Michel Rose)