Por Sonya Dowsett
MADRI (Reuters) - O ex-líder catalão Carles Puigdemont propôs nesta quinta-feira Quim Torra, um membro do Parlamento, como candidato para comandar o governo da Catalunha, conforme a região tenta colocar um fim a um impasse de sete meses e formar um governo.
Parlamentares catalães devem escolher um líder para formar um governo até 22 de maio para evitar mais eleições, após um impasse durante o qual políticos separatistas apresentaram candidatos que foram bloqueados por tribunais por estarem no exterior ou presos.
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, convocou eleições regionais em dezembro após destituir o governo anterior por declarar ilegalmente independência da Espanha. No entanto, partidos pró-independência venceram novamente uma maioria dos assentos.
Torra é um advogado e jornalista que tem sido ativo em lobbies pró-independência na rica região. Ele publicou diversos livros sobre a história da Catalunha, de acordo com o site do Parlamento catalão.
Puigdemont, que fugiu para a Bélgica após ser despossado como líder regional, está atualmente em Berlim aguardando tribunais alemães decidirem sobre um pedido espanhol para extraditá-lo por uma acusação de má utilização de fundos públicos.
Puigdemont propôs Torra como candidato em um discurso divulgado em seu canal no YouTube. Torra irá precisar ser confirmado em uma votação no Parlamento catalão.
“Nosso grupo propõe o membro do Parlamento Quim Torra para ser presidente do governo catalão, para que possa assumir essa responsabilidade nos próximos dias e para que um governo possa ser formado imediatamente”, disse Puigdemont.