RIO DE JANEIRO (Reuters) - O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) está sendo investigado na esfera cível por movimentações atípicas de recursos detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), disse à Reuters neste sábado uma fonte do pode judiciário.
Segundo a fonte, que falou em condição de sigilo, a decisão do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender as investigações do caso do ex-assessor de Flávio Fabrício Queiroz até que seja definido em que instância o processo irá tramitar vale apenas para a esfera criminal.
"Na esfera cível as investigações não pararam com a decisão do STF e o Flávio é investigado”, disse a fonte.
Fux entendeu que como Flávio Bolsonaro é senador eleito, a instância adequada para analisar o caso poderia ser o STF, uma vez que senadores têm direito a foro privilegiado.
A decisão final da instância adequada será do ministro do STF Marco Aurélio Mello que já sinalizou manter o caso em primeira instância.
"O foro por prerrogativa só atinge a esfera penal. Não atinge a cível”, destacou a fonte.
O Jornal Nacional noticiou na sexta-feira que novo documento do Coaf mostrou depósitos em dinheiro no valor de quase 100 mil reais na conta de Flávio Bolsonaro no período de um mês.
Procurada, a assessoria do senador eleito afirmou que Flávio Bolsonaro não iria se pronunciar sobre o caso.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)