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SÃO PAULO (Reuters) - Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira apontou apoio de 46% ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao mesmo tempo que indicou que 49% entendem que a imposição de sanções financeiras a ele pelo governo dos Estados Unidos foi injusta.
De acordo com o levantamento do instituto Quaest, encomendado pela corretora Genial Investimentos, 46% dos entrevistados declararam-se a favor do impeachment de Moraes, ao passo que 43% manifestaram-se contrariamente e 11% não souberam ou não responderam. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico entre os que são a favor e os que são contra o impeachment do ministro.
O impeachment de Moraes, relator no Supremo do processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu acusado de tentativa de golpe de Estado, é defendido por parlamentares bolsonaristas e por aliados do ex-presidente, que avaliam que Moraes extrapolou suas atribuições nas investigações contra o ex-presidente e contra participantes nos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.
Por conta de sua atuação nesses casos, Moraes sofreu sanções financeiras do governo dos EUA no âmbito da Lei Magnitsky. Moraes foi acusado por Washington de violar direitos humanos. O presidente norte-americano, Donald Trump, impôs tarifa comercial de 50% sobre vários produtos brasileiros exportados aos EUA e, como justificativa, seu governo citou os processos contra Bolsonaro. Trump classificou os casos contra o ex-presidente de "caça às bruxas".
Segundo o levantamento do instituto Quaest, 49% dos entrevistados avaliam como injusta a imposição de sanções financeiras a Moraes pelos EUA, enquanto 39% entendem que foi justa e 12% não responderam.
A pesquisa entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
(Por Eduardo Simões)