BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, pediu em despacho publicado nesta sexta-feira que sejam investigadas sete empresas que prestaram serviços à campanha da presidente Dilma Rousseff.
A decisão do ministro foi motivada por petição do PSDB, que aponta indícios de "irregularidade e ilegalidade na contratação e pagamento efetuado a empresas que não possuem capacidade operacional para prestar os serviços avençados pela campanha do PT".
Mendes pede a órgãos como o Ministério Público Federal e à Polícia Federal que investiguem as empresas.
O pedido do PSDB foi anexado à prestação de contas da campanha da presidente, relatada por Mendes e aprovada, com ressalvas, em 2014.
No despacho, assinado no dia 24 e publicado no site do TSE, o ministro argumenta que tal aprovação "não confere chancela a possíveis ilícitos antecedentes e/ou vinculados às doações e às despesas eleitorais, tampouco a eventuais ilícitos verificados pelos órgãos fiscalizadores no curso de investigações em andamento ou futuras".
Mendes já havia encaminhado o processo à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que apurasse possíveis irregularidades. À época, a PGR considerou não haver indícios, mas o ministro reiterou seu pedido de apuração.
No despacho desta sexta, Mendes apresenta novos argumentos e também pede providências cabíveis a outros órgãos, como a Secretaria da Receita Federal e o Conselho de Administração de Operações Financeiras (Coaf).
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)