Por Sharon Bernstein
SACRAMENTO, EUA (Reuters) - O suicídio assistido por médicos vai se tornar legal na Califórnia de acordo com uma lei sancionada nesta segunda-feira pelo governador democrata Jerry Brown, apesar da intensa oposição de alguns grupos religiosos e de defesa dos direitos dos deficientes.
A lei, baseada em uma medida similar aprovada no Estado norte-americano de Oregon, permite que médicos prescrevam drogas para encerrar a vida de um paciente se dois médicos concordarem que a pessoa possui apenas seis meses de vida restantes e é mentalmente apto.
Em um raro comunicado que acompanhou o registro da sanção, Brown, um ex-seminarista católico romano, disse ter considerado atentamente os argumentos de ambos os lados sobre a polêmica medida, que faz da Califórnia apenas o quinto Estado dos EUA a legalizar o suicídio assistido para doentes terminais.
"Eu não sei o que eu faria se estivesse morrendo em uma dor prolongada e excruciante", disse Brown. "Tenho certeza, no entanto, que seria um conforto ser capaz de considerar as opções concedidas nessa lei. E eu não negaria esse direito aos outros."
A lei, que se torna efetiva a partir de 1º de janeiro, torna crime pressionar qualquer pessoa a solicitar ou a tomar drogas suicidas fornecidas de forma assistida.