Investing.com - Ao que tudo indica, Michel Temer chegou ao fim de mais um dia sem conseguir a quantidades de votos necessárias para aprovar a reforma da Previdência. Com isso, a decisão sobre a data para a questão ir ao plenário da Câmara foi adiada mais uma vez.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o governo chegou à conclusão de que ainda não tem os votos necessários para fazer com que o texto avance na primeira votação. Sendo assim, Temer quer mais tempo antes de marcar a data.
O Planalto contabiliza 260 deputados a favor do texto, o que deixa a uma distância de 48 votos para a aprovação da PEC na primeira votação na Câmara. Segundo informações da Broadcast, Temer teria pedido para que Beto Mansur (PRB-SP) fizesse a recontagem de votos até o meio dia desta quinta-feira.
A estratégia do governo para conquistas os apoios passa por uma rodada de reuniões com lideranças e deputados indecisos. Temer estaria disposto a disponibilizar mais verbas para as emendas dos parlamentares.
Alguns partidos têm mostrado maior resistência em votar a Previdência ainda neste ano. É o caso do DEM de Agripino Maia e o PP de Ciro Nogueira.
Em meio ao cenário incerto, Mansur admite a possibilidade de a reforma ser votada só na terceira semana de dezembro, antes do recesso, previsto para o dia 23. Essa indefinição faz com que o governo aceite levar a PEC para votação sem ter atingido os 330 votos que vislumbrava, podendo marcar a data assim que conquistar o apoio de 290 deputados.
Apesar da intenção do governo de votar a reforma sem ter atingido o mínimo de votos necessários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) destacou que só irá colocar o assunto na pauta para votação quando o governo tiver atingido o mínimo de votos.