BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta terça-feira que o governo vai esperar a aprovação da reoneração da folha de pagamento para definir de onde sairão os recursos para compensar o desconto no diesel, mas garantiu que a compensação não virá de aumento de impostos, mas do fim de isenções tributárias.
"Vamos ver o quanto resulta da reoneração e então se buscará o restante. A Fazenda trabalha com 13,4 bi e teremos que buscar essa compensação em várias fontes. Vamos usar parte do PIS/Cofins e vamos remanejar certos subsídios e favores fiscais", disse Padilha em entrevista coletiva.
De acordo com o ministro, foram discutidas três alternativas para compensar os recursos que o governo terá que usar para compensar a Petrobras (SA:PETR4) pela redução no preço do litro do diesel. Uma delas seria o aumento de impostos, mas o governo teria já descartado essa alternativa e se concentrará em reduzir vantagens fiscais.
Padilha não revelou, no entanto, que outros subsídios e vantagens serão cortados, além da reoneração da folha, que deve ser aprovada pelo Senado nos próximos dias.
Mais cedo, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, garantiu que não se pensava em aumento de impostos e trabalhará com a redução de incentivos fiscais.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)