Investing.com - Após diversas reuniões durante toda a quinta-feira (7), o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), informou que a reforma da Previdência será colocada em votação na Casa do dia 18 de dezembro. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que muda as regras do sistema previdenciário, precisa do apoio de pelo menos 308 votos, em dois turnos, para ser aprovada.
O parlamentar relatou que se a matéria for aprovada em primeiro turno, a ideia é votar o segundo turno antes mesmo do recesso parlamentar, que se inicia no dia 23 de dezembro. A votação no Senado ficaria para o ano que vem.
A ideia inicial do governo, de votar a reforma já na semana que vem, foi enterrada. Ribeiro explica que a decisão se deu por prudência e para que a base consiga margem de segurança nos votos.
Para conseguir votos, o governo está disposto a liberar mais verbas para os parlamentares, além de rever punições para quem votou contra Michel Temer nas duas denúncias.
Marcar um dia certo para a votação era a exigência de diversos partidos para que iniciassem as discussões internas sobre o fechamento de questão ou não sobre o assunto. Com a votação marcada para o dia 18, as negociações seguem com um norte definido.
Merece atenção especial a convenção do PSDB no final de semana, que deve confirmar Geraldo Alckmin na presidência do partido. Além disso, os tucanos devem definir se vão ou ao fechar questão sobre o assunto.
Ontem, com esse cenário incerto, o Ibovespa recuou 1,07% aos 72.487,45 pontos, enquanto o dólar chegou a ser negociado a R$ 3,30.