👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Governo quer espaço para déficit primário em 2016 e vê retração da economia de quase 3% no ano

Publicado 19.02.2016, 18:21
© Reuters. Ministros Barbosa (D) e Simão no Palácio do Planalto

Por Silvio Cascione e Alonso Soto

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira, em meio à forte recessão econômica, propostas que abrem espaço para novo déficit primário em 2016 e que tentam limitar os gastos públicos no longo prazo, além de contingenciamento de 23,4 bilhões de reais no Orçamento.

"Estamos propondo espaço fiscal de início... para dar mais transparência e previsilibilidade. Essa é uma medida prudencial, que procura evitar uma prática que foi, infelizmente, adotada nos últimos anos, de propor espaço fiscal somente no final do ano", afirmou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Pela proposta, que será encaminhada ao Congresso Nacional nos próximos dias, diante da frustração de receitas o governo central (governo federal, Banco Central e INSS) poderia ter déficit de até 60,2 bilhões de reais, ou 0,97 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), neste ano.

A meta oficial é superávit primário consolidado total de 30,6 bilhões de reais, sendo 24 bilhões de reais para o governo central e 6,554 bilhões de reais para Estados e municípios.

Do total de até 84,2 bilhões de reais que poderão ser abatidos da meta, 30,5 bilhões de reais são com frustração de receitas administradas; 41,7 bilhões de reais com receitas não administrativas (dividendos, concessões e operações com ativos); 3 bilhões de reais para ações na saúde; e 9 bilhões de reais com restos a pagar de investimentos prioritários.

Barbosa acrescentou que o governo vai otimizar os pagamentos de precatórios pela União, com potencial positivo sobre o resultado primário de 12 bilhões de reais neste ano.

O rombo primário nas contas do governo em 2016, se confirmado, será o terceiro consecutivo, após déficit de 32,5 bilhões de reais em 2014 (-0,57 por cento do PIB) e de 111,2 bilhões de reais em 2015 (-1,88 por cento do PIB).

O governo piorou ainda mais sua previsão para o PIB em 2016, estimando agora retração de 2,9 por cento, frente à contração de 1,9 por cento esperada antes.

LIMITE

O governo também anunciou a criação de um mecanismo que tenta limitar os gastos públicos. Na prática, porém, abre espaço para que despesas maiores possam ocorrer e sejam compensadas apenas no futuro.

A proposta de lei que também será encaminhada ao Congresso prevê que a expansão dos gastos do governo será limitada a um percentual do PIB a cada ano, por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No caso de descumprimento, serão acionadas medidas de redução da despesa para o ano seguinte e que envolverão três estágios, englobando desde suspensão de novas desonerações até do reajuste real do salário mínimo.

Barbosa reconheceu que, eventualmente, um governo poderia aumentar seus gastos em seu último ano de mandato e passar a conta para o seguinte, mas argumentou que cada governo tem sua responsabilidade e a sociedade o cobrará.

© Reuters. Ministros Barbosa (D) e Simão no Palácio do Planalto

CORTES

Do contingenciamento de 23,4 bilhões de reais, emendas parlamentares sofrerão corte de 8,1 bilhões de reais e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de 4,2 bilhões de reais, segundo o ministro do Planejamento, Valdir Simão. O governo promoverá ainda corte de cerca de 11 bilhão de reais em outras despesas.

No geral, o corte no Orçamento foi bem inferior ao de 2015, quando as despesas discricionárias sofreram redução de 82,6 bilhões de reais em relação ao previsto na lei orçamentária anual. Em outra frente, as despesas obrigatórias passaram por ajuste de 25,7 bilhões de reais. 2016-02-19T201928Z_1_LYNXNPEC1I1BC_RTROPTP_1_MACRO-FLEXIBILIZACAO.JPG

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.