(Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, se comprometeu nesta quarta-feira a respeitar a lista tríplice do Ministério Público para a escolha do procurador-geral da República se eleito, um dia depois de o adversário no segundo turno da disputa presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), afirmar que não escolherá alguém de esquerda para o cargo, mesmo que seja indicado pela categoria.
"Ao contrário do meu adversário, me comprometo a respeitar a lista tríplice do Ministério Público para a escolha do procurador-geral da República em favor da autonomia do órgão", escreveu Haddad em publicação no Twitter (NYSE:TWTR) na manhã desta quarta-feira.
Na terça-feira, em entrevista à TV Globo, Bolsonaro afirmou que o selecionado para ser o procurador-geral caso ele seja eleito presidente "não vai ser do Ministério Público Militar, como alguns têm dito", mas alguém "que tenha uma visão macro".
"O critério é isenção, é alguém que esteja livre do viés ideológico de esquerda, que não tenha feito carreira em cima disso, que não seja um ativista no passado por certas questões nacionais", disse Bolsonaro ao Jornal Nacional.
Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da disputa presidencial, com 59 por cento dos votos válidos, de acordo com a mais recente pesquisa Ibope, enquanto Haddad aparece com 41 por cento.
(Reportagem de Maria Clara Pestre, no Rio de Janeiro)