Por James Oliphant
LOS ANGELES (Reuters) - Hillary Clinton está a caminho do que pode ser o momento definitivo para garantir sua oficialização como candidata presidencial do Partido Democrata nesta semana, e vem capitalizando sobre o ataque feroz que fez a Donald Trump, seu provável adversário republicano na eleição geral de 8 de novembro.
Seis Estados norte-americanos –-Califórnia, Montana, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Nova Jersey e Novo México-- irão votar em primárias partidárias na terça-feira.
A campanha de Hillary espera que a favorita nas pesquisas de opinião consiga concretizar a indicação partidária no início da noite de terça com uma vitória em Nova Jersey, desviando o foco da batalha em que está envolvida na Califórnia com o rival Bernie Sanders. Hillary pode se declarar o nome oficial do partido antes do fechamento das urnas naquela unidade federativa.
Na Califórnia, o Estado com maior número de delegados em jogo, Hillary já teve uma vantagem considerável sobre o senador de Vermont nas pesquisas, mas sondagens dos últimos dias mostraram uma disputa apertada entre os dois pré-candidatos.
Uma derrota para Sanders na Califórnia não frearia a caminhada da ex-secretária de Estado rumo à indicação, mas poderia convencer o senador e seus apoiadores a insistirem na candidatura até a convenção democrata de julho, que oficializa o escolhido da legenda para a eleição. Uma derrota também poderia reforçar o argumento de Trump de que Hillary é uma pré-candidata enfraquecida.
Hillary fez campanha em Oakland, Vallejo e Sacramento no domingo, e a certa altura prometeu enfrentar o poderoso lobby dos produtores de armas dos Estados Unidos, de acordo com a rede de televisão NBC News. Ela deve passar esta segunda-feira na área de Los Angeles.
Os ânimos andam exaltados no Estado. Na semana passada, o governo relatou que a cifra de eleitores registrados na Califórnia chegou a 18 milhões, a maior da história, sendo mais de 650 mil novos registros só nas últimas seis semanas – três de cada quatro novos eleitores são democratas.
Em um discurso feito em San Diego na semana passada, a ex-senadora de Nova York atacou Trump, magnata do setor imobiliário e ex-apresentador de reality show, afirmando que ele carece do temperamento e do conhecimento necessários para lidar com nações estrangeiras.
Hillary disse que ele seria perigoso se deixado a cargo do arsenal nuclear do país e que poderia usá-lo, caso fosse ofendido, por que tem "o couro fino".