Por Megan Cassella
WASHINGTON (Reuters) - A pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton se encontrou nesta sexta-feira com a senadora democrata Elizabeth Warren, uma figura progressista de destaque, para tentar unir o Partido Democrata em sua campanha contra Donald Trump, o provável indicado republicano para a eleição de 8 de novembro.
As duas conversaram na casa de Hillary em Washington um dia depois de Elizabeth endossar a ex-primeira-dama como postulante da legenda à Casa Branca, engrossando o apoio da ala liberal dos democratas no momento em que Hillary tenta deixar para trás sua longa batalha contra o rival Bernie Sanders nas primárias estaduais.
A senadora saiu da reunião sorridente depois de cerca de uma hora e não falou com os repórteres do lado de fora.
No início desta semana, a ex-secretária de Estado Hillary garantiu o número de delegados necessários para obter a indicação de seu partido. Líderes democratas estão torcendo para que Sanders desista de continuar na corrida antes da convenção da legenda, na Filadélfia, em julho.
O encontro com Elizabeth nesta sexta-feira alimentou os rumores de que a senadora de Massachusetts pode estar sendo cogitada como companheira de chapa de Hillary. Indagada durante uma entrevista ao canal MSNBC na quinta-feira se debateu com Hillary a perspectiva de ser vice-presidente, Elizabeth disse que não e que tampouco foi aventada para a vaga.
Elizabeth estudou a possibilidade de concorrer na chapa da ex-senadora de Nova York, mas vê obstáculos para essa escolha, disseram à Reuters várias pessoas a par das ideias da congressista nesta semana.
Contar com o endosso de Elizabeth Warren fortaleça a capacidade de Hillary de cortejar apoiadores de Sanders que se indispuseram com Hillary durante a fase inesperadamente longa das votações primárias nos Estados. Elizabeth e Sanders compartilham algumas propostas, como conter os excessos de Wall Street e combater a desigualdade de renda.
Na quinta-feira, Sanders prometeu continuar na corrida até a última primária, na capital Washington, em 14 de junho, mas disse que de qualquer forma trabalharia com sua adversária para derrotar Trump.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu vice, Joe Biden, também anunciaram apoio a Hillary na quinta-feira.