Por Ginger Gibson e Emily Stephenson
WASHINGTON (Reuters) - A pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton está sob pressão para se sair bem nas prévias dos Estados norte-americanos de Oregon e Kentucky nesta terça-feira para que possa voltar suas atenções à eleição geral e aos ataques crescentes que vem sofrendo do provável candidato presidencial republicano Donald Trump.
A presença insistente de Bernie Sanders na corrida, mesmo sendo muito improvável que ele supere Hillary e conquiste a indicação democrata, está causando preocupação em aliados da ex-primeira-dama, que temem que Sanders atrapalhe a resposta de Hillary a Trump e a prejudique mais adiante.
Mas muitos apoiadores de Sanders são indiferentes a quaisquer efeitos negativos que o senador de Vermont possa ter na disputa, argumentando que Trump é um candidato tão limitado que Hillary irá despachá-lo facilmente se for sua adversária na votação de 8 de novembro.
"De qualquer maneira, teremos um presidente democrata", disse Alisha Liedtke, de 28 anos, apoiadora de Sanders de Ellensburg, em Washington.
Em entrevistas, 14 eleitores que apóiam Sanders disseram que não temem que Trump suceda o presidente dos EUA, Barack Obama, porque não acreditam que o magnata do setor imobiliário possa vencer a eleição.
Eles dizem que Sanders deveria continuar lutando até a Convenção Nacional Democrata em julho para empurrar Hillary para a esquerda e questionar seus laços com Wall Street e seu apoio a acordos de livre comércio.
Os aliados de Hillary se abstiveram de insistir para que Sanders desista da corrida. Quaisquer gestos de sua campanha para tentar aniquilar o autodenominado socialista democrático podem revoltar eleitores democratas e sair pela culatra.
Hillary, portando, deve se dedicar às primárias de Kentucky e Oregon, onde os analistas preveem que ela terá dificuldades para vencer. A disputa democrata não deve terminar antes que Califórnia, Nova Jersey e vários outros Estados votem no dia 7 de junho.