MADRI (Reuters) - O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que caiu para a terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto para as eleições parlamentares do próximo domingo, descartou um pacto de coalizão seja com o direitista Partido Popular (PP) ou com o líder da legenda antiausteridade Podemos.
Algumas sondagens vêm indicando que uma coalizão entre o PSOE e o Podemos conquistaria assentos suficientes para a formação de uma maioria parlamentar de esquerda e encerraria o impasse político de seis meses.
Mas o líder socialista Pedro Sánchez disse em uma entrevista a uma rádio nesta segunda-feira: "Não iremos apoiar ou apostar em nenhum governo liderado pelo PP ou (o primeiro-ministro interino Mariano) Rajoy... e (o líder do Podemos, Pablo) Iglesias não será primeiro-ministro".
A eleição de domingo se segue a uma votação de dezembro da qual nenhum partido saiu com condições de formar um governo e que levou a uma sucessão de conversas internas nas legendas que não produziu uma coalizão viável.
Assim como seis meses atrás, o PP deve ser o vencedor, mas novamente bem distante de uma maioria suficiente para governar sozinho.
Pesquisas mostraram que, se o Podemos e o Unidos Podemos dividissem espaço na cédula de votação, essa coalizão provavelmente superaria o PSOE como principal adversário do PP, de Rajoy, no próximo pleito.
O Podemos ficou em terceiro lugar na eleição de dezembro.
(Por Paul Day e Tomas Cobos)