PARIS (Reuters) - O presidente da França, Emmanuel Macron, que na semana passada classificou o regime da Venezuela como uma ditadura, receberá representantes da oposição venezuelana nesta segunda-feira, incluindo o presidente e o vice-presidente da Assembleia Nacional, informou o gabinete de Macron.
A situação venezuelana tem uma ressonância particular na França, onde o partido de extrema-esquerda França Insubmissa, atualmente o grupo opositor mais crítico a Macron, apoia Maduro.
A ativista de direitos humanos Lilian Tintori, esposa do líder opositor venezuelano Leopoldo López, disse no sábado que foi impedida de deixar seu país de avião para ir à França e a outras capitais da União Europeia.
"A ditadura não quer que minha voz seja ouvida no exterior. Mas a turnê segue em frente. @FreddyGuevaraC representará @leopoldolopez e eu", escreveu ela em sua página de Twitter no sábado, fazendo referência ao vice-presidente da Assembleia Nacional, Freddy Guevara.
O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, também estará lá, segundo o gabinete presidencial francês.
A oposição da Venezuela afirma que o governo socialista do presidente Nicolás Maduro intensificou a repressão de opositores neste ano, enquanto as autoridades dizem estar agindo para impedir conspirações golpistas fomentadas pelos Estados Unidos e outras potências estrangeiras.
Na semana passada Macron qualificou a gestão Maduro como "uma ditadura tentando sobreviver ao custo de um drama humanitário inédito", depois que uma Assembleia Constituinte apoiada pelo governo tomou posse com amplos poderes na Venezuela.
(Por Jean-Baptiste Vey)