BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que ainda tenta acordos para a votação dos destaques à reforma da Previdência e que não há garantia de que a votação em dois turnos seja encerrada até sexta-feira, como previsto inicialmente.
Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, Maia disse que ainda trabalham para chegar em acordo sobre alguns pontos, como o destaque apresentado pelo PDT, que diminui a idade mínima para os professores e um "acordo de procedimentos" para a votação.
Segundo Maia, os parlamentares estão trabalhando para encerrar até a madrugada a votação dos destaques e votar na sexta o segundo turno, mas "não está resolvido".
Maia passou a maior parte da tarde reunido com líderes de diversos partidos e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, tratando do impacto dos destaques. O presidente da Câmara já admitiu que a mudança na Previdência dos professores deve ser aprovada, mas outros pontos ainda estão em negociação.
Na entrevista a Datena, Maia afirmou que não podem ser feitas muitas mudanças no texto e que a economia com a reforma precisa ficar entre 900 e 950 bilhões de reais.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)