SÃO PAULO (Reuters) - O presidente em exercício, Rodrigo Maia, assinou nesta quinta-feira a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) de 2018 com a antiga meta de déficit primário, de 129 bilhões de reais, para que a peça seja enviada ao Congresso Nacional.
Nesta madrugada, o Congresso aprovou o texto-base do projeto que altera as metas de déficit primário deste e do próximo ano para 159 bilhões de reais, mas como a votação não foi concluída --ainda falta a análise de destaques--, o novo montante não pôde ser incorporado na proposta de orçamento.
O envio da proposta orçamentária precisa, por lei, ser feito até o dia 31 de agosto.
Mais cedo, Maia já havia dito que a peça orçamentária a ser apresentada ao Congresso nesta quinta seria "genérica" por conter a meta antiga.
"O orçamento hoje será um pouco mais genérico, mas a partir da próxima semana o relator já começa ajustar a peça orçamentária com a meta aprovada pelo Congresso Nacional", afirmou Maia em evento no Rio de Janeiro.
A alteração nas metas fiscais foi anunciada há duas semanas pela equipe econômica diante da deterioração das contas públicas, em meio ao cenário de fraca atividade econômica e gastos públicos maiores. [nL2N1L201J]
A avaliação de especialistas é de que o governo terá dificuldade para cumprir suas metas fiscais. Recente pesquisa Reuters mostrou que a avaliação dos economistas ouvidos era de que o Brasil precisará aumentar impostos e vender ativos para garantir o cumprimento das metas fiscais mesmo após relaxá-las. [nL2N1L21R5]
(Reportagem de Luiz Guilherme Gerbelli)