RIO DE JANEIRO (Reuters) - A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse nesta quarta-feira que confia no processo eletrônico de votação adotado no Brasil e acrescentou que reconhecerá o resultado das urnas.
A lisura do processo eletrônico já foi alvo de polêmica na corrida presidencial deste ano após o candidato Jair Bolsonaro (PSL) declarar que há risco de fraude na eleição e que só aceitaria o resultado das urnas se vencer a eleição.
Marina, que está na sua terceira campanha para presidente, declarou que vai reconhecer a vontade do povo e que respeitará a escolha soberana dos brasileiros.
"Nós vamos participar de forma democrático e reconhecendo resultado das eleições, porque as eleições brasileiras serão fruto da vontade soberana do povo brasileiro", disse ela a jornalistas em visita ao Saara, um comércio popular no centro do Rio de Janeiro.
Apesar de acreditar no sistema eletrônico, Marina atacou os candidatos mais bem colocados nas pesquisas, Bolsonaro e Fernando Haddad (PT)
"Nós haveremos de ir para as urnas não para repetir mais do mesmo com a corrupção e nem para nos arriscar e nem os nossos filhos com a espada da violência, que propõe a campanha do Bolsonaro", adicionou ela.
No começo da disputa presidencial, Marina chegou brigar por uma vaga no segundo turno, mas as últimas pesquisas a colocam praticamente fora da segunda fase com apenas 4 por cento das intenções de voto, de acordo com pesquisa do Datafolha na terça, enquanto que Bolsonaro tem 32 por cento e Haddad 21 por cento.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)