BRASÍLIA (Reuters) - Nome escolhido pela presidente Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Justiça, Wellington César Lima e Silva pediu exoneração do cargo de procurador-geral de Justiça adjunto para Assuntos Jurídicos do Estado da Bahia, afirmou a assessoria de imprensa do ministério nesta segunda-feira, mas a polêmica sobre sua nomeação persiste.
Apesar de abrir mão da função, Lima e Silva continua na carreira de procurador e alimenta críticas da oposição, que levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que se pronuncie se membro do Ministério Público pode assumir o cargo de ministro de Estado.
O Supremo deve analisar o tema na quarta-feira dessa semana.
Na sexta-feira, a juíza federal Solange Salgado, do Distrito Federal, derrubou a nomeação do procurador para o cargo de ministro da Justiça e determinou que ele se desvincule do Ministério Público para que possa retornar ao cargo.
Ato publicado nesta segunda-feira no Diário de Justiça do Estado da Bahia traz a exoneração, a pedido, a partir de 3 de março de 2016.
O novo ministro, que atua no MP da Bahia desde 1991, tomou posse na semana passada como novo ministro da Justiça no lugar de José Eduardo Cardozo, que passou a ocupar o cargo de ministro da Advocacia-Geral da União do governo da presidente Dilma Rousseff.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)