BRASÍLIA (Reuters) - A maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou dar mais prazo para a análise do registro da candidatura à Presidência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme havia solicitado a defesa do petista no início do julgamento.
Essa decisão foi tomada logo após o relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, ter votado para barrar a candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa e para rejeitar pedido dos defensores do ex-presidente para suspender o julgamento e conceder mais prazo para que as partes apresentassem alegações finais.
Votaram no sentido de continuar o julgamento nesta sexta, além de Barroso, os ministros Jorge Mussi, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Manifestaram-se para dar mais prazo Og Fernandes, Edson Fachin e a presidente do TSE, Rosa Weber, que externou publicamente seu desconforto de julgar o processo nesta sexta.
"O que de fato me leva a fazer essa observação que normalmente eu não faria é o princípio da igualdade", disse a presidente da corte.
"Infelizmente isso não foi possível, eu pessoalmente, dependesse de mim, eu faria esse julgamento na terça-eira dia 4 ou na quinta-feira dia 6", disse ela, ao ressalvar que não considera haver qualquer ilegalidade na instrução do processo.
(Reportagem de Ricardo Brito)