(Reuters) - O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou neste sábado a libertação de nove presos na 26ª fase da operação Lava Jato, mas proibiu-os de deixar o país.
Moro decidiu não prolongar a prisão temporária de Alvaro José Galliez Novis, Antônio Claudio Albernaz Cordeiro, Antônio Pessoa de Souza Couto, Isaias Ubiraci Chaves Santos, João Alberto Lovera, Paul Elie Altit, Roberto Prisco Paraíso Ramos, Rodrigo Costa Melo e Sergio Luiz Neves. Eles terão de entregar seus passaportes no prazo de três dias.
Os nove haviam sido detidos em 22 de março no âmbito da 26ª fase da operação Lava Jato, relacionada a acusações de que a empreiteira Odebrecht havia realizado pagamentos sistemático de propina por meio de um setor especializado.
No despacho, Moro também afirmou que é "provável" que envie ao Supremo Tribunal Federal planilha que apontaria pagamentos da Odebrecht a políticos, incluindo alguns com foro privilegiado. A lista foi encontrada pela Polícia Federal na casa de na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura.
"Decidirei a questão na próxima segunda-feira, mas é provável a remessa... à Egrégia Suprema Corte", escreveu o juiz.
"É certo que, quanto a essas planilhas apreendidas na residência do executivo, é prematura qualquer conclusão quanto à natureza deles, se ilícitos ou não... Diante, porém, da apreensão e identificação da referida planilha, a cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Egrégio Supremo Tribunal Federal", acrescentou.
(Por Bruno Federowski; Edição de Juliana Schincariol)