BRASÍLIA (Reuters) - A terceira fase do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, lançada nesta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, terá recursos totais de 210,6 bilhões de reais para a construção de mais 2 milhões de unidades habitacionais até 2018.
Do total de recursos, 41,2 bilhões de reais serão do Orçamento da União, 39,7 bilhões em subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o restante em financiamentos pelo FGTS, segundo o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
A nova fase do programa contará com a criação de nova faixa de renda, chamada 1,5, para famílias que recebem até 2.350 reais por mês. Esta nova faixa terá subsídios de até 45 mil reais para imóveis no valor de até 135 mil reais, dependendo da localidade e da renda. Além disso, os financiamentos nesse caso serão concedidos com juros de 5 por cento ao ano.
As outras faixas tiveram seus limites de renda ampliados: faixa 1, de 1.600 reais para 1.800 reais; faixa 2, de 3.275 reais para 3.600 reais; faixa 3, de 5.000 reais para 6.500 reais.
Também aumentaram os valores máximos dos imóveis: faixa 1, de 76 mil reais para 96 mil reais; faixas 2 e 3, de 190 mil reais para 225 mil reais.
O Minha Casa Minha Vida é um dos programas que mais tem sofrido com cortes de verbas pelo governo, em meio à queda na arrecadação diante da forte recessão econômica. Em fevereiro, os desembolsos com o programa caíram 32 por cento sobre um ano antes, segundo dados do Tesouro, depois de despencar 72 por cento em janeiro na mesma base de comparação.
Lançado há sete anos, o programa soma 4,2 milhões de unidades contratadas, segundo o governo, sendo que 2,6 milhões já foram entregues.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)