Por Jeff Mason e Roberta Rampton
RANCHO MIRAGE, Califórnia/WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou conversas preliminares com sua equipe sobre quem nomear para a Suprema Corte, informou a Casa Branca na segunda-feira, ao mesmo tempo em que criticou senadores republicanos por dizerem que não vão confirmar quem for indicado.
O porta-voz da Casa Branca Eric Schultz disse a repórteres que autoridades do governo começaram a falar com gabinetes de senadores sobre o processo, que promete ser uma disputa épica entre republicanos e democratas em um ano de eleição presidencial.
Os republicanos, que controlam o Senado, dizem que Obama deve adiar a nomeação de um substituto para a vaga do juiz conservador Antonin Scalia, que morreu no fim de semana, e deixar a escolha para o próximo presidente. Democratas dizem que é responsabilidade e direito do atual presidente fazer a indicação.
Os norte-americanos vão escolher um novo presidente nas eleições de 8 de novembro. Obama deixa o cargo em janeiro de 2017.
A morte de Scalia deixa o tribunal dividido igualmente entre juízes liberais e conservadores, num momento em que se prepara para decidir casos importantes sobre o aborto, direitos de voto e imigração.
Senadores republicanos, incluindo vários candidatos à reeleição em novembro, já disseram que não vão apoiar um candidato indicado por Obama.
"Essa não é a primeira vez que os republicanos fazem bastante barulho, só para no fim acatarem", disse Schultz, citando disputas recentes sobre o aumento do teto da dívida dos EUA e a aprovação de um acordo nuclear com o Irã.