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Operação desmonta organização que movimentou R$260 mi em propina no setor de transportes no RJ

Publicado 03.07.2017, 12:57
© Reuters. Veículo da Polícia Federal no Rio de Janeiro

Por Pedro Fonseca e Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram operação nesta segunda-feira para prender suspeitos de integrarem uma organização criminosa que movimentou ao menos 260 milhões de reais em propina no setor de transportes urbanos no Rio de Janeiro, tendo entre os alvos um dos principais empresários do ramo no Estado.

O empresário Jacob Barata Filho foi preso no domingo à noite no aeroporto internacional Tom Jobim enquanto esperava para embarcar em um voo para Portugal, e nesta segunda foram presos o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do RJ (Fetranspor), Lélis Teixeira, e o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado (Detro) Rogério Onofre, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).

A família de Jacob Barata Filho é a mais importante do ramo de transportes rodoviários do Rio de Janeiro e também tem negócios em vários outros segmentos. O pai dele, Jacob Barata, é conhecido como o "rei do ônibus".

"Durante às investigações, foi possível identificar vários núcleos e operadores financeiros da organização criminosa e nos depoimentos prestados ao MPF foram confirmados os pagamentos de propinas nos moldes dos realizados pelas empreiteiras, só que dessa vez no setor de transporte público com o objetivo de garantir tarifas e contratos com o governo do Estado do Rio", disse o MPF em comunicado.

De acordo com o Ministério Público, as investigações contaram com depoimentos de delatores presos no âmbito da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que desmontou um esquema milionário comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Entre 2010 e 2016, Cabral recebeu 122,8 milhões de reais em propina por parte dos empresários, enquanto Onofre recebeu outros 44 milhões, segundo o MPF.

© Reuters. Veículo da Polícia Federal no Rio de Janeiro

O ex-governador, que está preso desde o ano passado, já foi condenado em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro a 14 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por desvios em contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Além da condenação, o ex-governador é réu em diversos processos na Justiça.

A chamada operação Ponto Final deflagrada nesta segunda contou no total com a participação de 80 policiais federais para o cumprimento de 9 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 30 mandados de busca e apreensão. A PF e o MPF não divulgaram por enquanto a identidade dos outros alvos de mandados de prisão.

A defesa do empresário Jacob Barata Filho disse, em nota, que ele faria uma viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais, quando foi detido pela PF e irá se pronunciar assim que tiver acesso aos autos do processo.

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